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O que é a Inteligência Artificial?

A Inteligência Artificial (IA) é uma área da ciência da computação que cria sistemas e máquinas capazes de realizar tarefas que, normalmente, exigem inteligência humana. Isto inclui capacidades como reconhecer imagens, entender linguagem escrita e oral, tomar decisões e até aprender com a experiência. Diferente de um programa que segue instruções fixas, a IA pode adaptar-se e melhorar ao longo do tempo. Um exemplo de IA  são os assistentes virtuais como a Siri ou o Assistente Google, que entendem comandos de voz e fornecem respostas adequadas.

A IA pode ser classificada em dois grandes grupos:

• • IA restrita (ou fraca): projetada para realizar uma tarefa específica, como recomendar filmes na Netflix ou reconhecer rostos em fotografias.
  • IA geral (ou forte): um conceito mais avançado onde a IA seria capaz de desempenhar qualquer tarefa intelectual como um ser humano, algo que ainda não foi alcançado.

Quais são as componentes básicas de um sistema de IA?

Para funcionar corretamente, um sistema de Inteligência Artificial é composto por vários elementos essenciais:

1. Dados: a IA precisa de grandes quantidades de dados para aprender. Por exemplo, para reconhecer gatos em imagens, um sistema de IA precisa de milhares de fotos de gatos para identificar padrões.
2. Algoritmos: os algoritmos são conjuntos de regras ou instruções que permitem à IA processar os dados e aprender a partir deles.
3. Modelos de aprendizagem: depois de serem treinados com dados, os algoritmos criam um modelo. Por exemplo, um modelo de IA treinado para reconhecer músicas poderá identificar canções apenas ouvindo pequenos trechos.
4. Capacidade de processamento: a IA necessita de computadores potentes para processar grandes volumes de dados e realizar cálculos complexos em pouco tempo.
5. Interfaces de utilizador: são os meios através dos quais interagimos com a IA. Exemplos incluem chatbots, assistentes virtuais ou aplicações como o YouTube, que recomenda vídeos com base nos nossos gostos.

Em resumo, a IA combina dados, algoritmos, processamento e modelos para imitar, de forma cada vez mais eficaz, a inteligência humana em várias tarefas do nosso dia a dia.

O que são então os algoritmos?

Como viste acima, os algoritmos são sequências de instruções ou regras bem definidas usadas para resolver problemas ou realizar tarefas. São como receitas que dizem a um computador, ou a outro tipo de sistema, o que fazer para alcançar um objetivo específico. Por exemplo, quando segues uma receita para fazer um bolo, estás a seguir um algoritmo: há uma lista de passos que, se forem seguidos corretamente, conduzem a um resultado esperado – o bolo.

Qual é o papel dos algoritmos na Inteligência Artificial?

Na Inteligência Artificial (IA), os algoritmos são fundamentais, pois permitem que as máquinas “aprendam” e tomem decisões. Por exemplo, os algoritmos de aprendizagem automática (ou machine learning) analisam grandes volumes de dados e conseguem identificar padrões. Com esses padrões, a IA pode fazer previsões e melhorar o seu desempenho ao longo do tempo. Imagina um sistema que aprende a reconhecer rostos: ele é treinado com milhões de imagens e, através de algoritmos, aprende a identificar características comuns.

Além disso, os algoritmos ajudam a IA a tomar decisões rápidas e precisas, muitas vezes mais rápidas do que seria possível para um ser humano. Por exemplo, em carros de condução autónoma, são os algoritmos que processam muito rapidamente informações dos sensores e das câmaras que estão espalhados pelo carro e tomam decisões sobre quando travar, acelerar ou virar.

Onde podemos encontrar algoritmos no dia a dia?

Os algoritmos não estão apenas presentes em tecnologias avançadas; fazem parte da nossa rotina diária de várias formas:

1. Redes sociais: quando o Instagram ou o TikTok te sugerem vídeos ou publicações, estão a usar algoritmos para analisar os teus interesses e mostrar conteúdos que acham que vais gostar.
2. Motores de busca: quando procuras algo no Google, o algoritmo organiza os resultados para te mostrar as informações mais relevantes.
3. Recomendações de filmes e música: plataformas como Netflix ou Spotify usam algoritmos para sugerir filmes ou músicas com base no que já viste ou ouviste.
4. Aplicações de navegação: o Google Maps ou o Waze usam algoritmos para calcular a rota mais rápida e evitar o trânsito em tempo real.
5. Assistentes virtuais: a Siri ou o Assistente Google respondem às tuas perguntas com a ajuda de algoritmos que processam a linguagem e pesquisam a informação mais adequada.
6. Modelos de linguagem grandes: nos modelos de linguagem grandes (LLM em inglês, de Large Language Models), como o ChatGPT, os algoritmos também desempenham um papel importante, permitindo que estes sistemas compreendam e gerem texto de forma coerente e realista. Estes modelos são treinados em vastas quantidades de dados, pelo que a qualidade das respostas que dá depende dos dados com que foi treinado (os LLM podem, por isso, gerar erros ou respostas imprecisas, especialmente em tópicos muito recentes ou altamente especializados). Os algoritmos ajudam a processar esses dados, com quais aprendem a produzir linguagem de forma eficiente. Estes algoritmos trabalham em conjunto para que possas conversar com uma IA que entende e produz linguagem de uma forma cada vez mais próxima da comunicação humana.

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Em suma, os algoritmos estão em todo o lado e, muitas vezes, nem damos por eles. Eles tornam a nossa vida mais prática e ajudam-nos a encontrar soluções rapidamente, mas também levantam questões sobre a privacidade e o uso de dados pessoais. Por isso, é importante compreender como funcionam e como influenciam o nosso dia a dia.